sexta-feira, 18 de maio de 2018

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Superação a cada dia



Para quem vê de longe, a batalha contra o câncer parece assustadora – e é. O que a maioria das pessoas não sabe é que, mesmo depois que alguém vence a doença, os desafios continuam, por vários motivos. Efeitos colaterais de medicamentos que precisam ser tomados durante anos, insegurança e medo de que a doença volte, fadiga crônica em determinados horários do dia, impacto econômico causado pelo tratamento – que pode ser devastador para o equilíbrio financeiro –, sequelas emocionais causadas pelo abandono do companheiro, da família e dos amigos, já que nem todos têm a sorte de contar com amor incondicional nesse momento tão delicado.
Entre 2014 e 2015, nada menos do que 576 mil brasileiros ouviram do seu médico a frase fatídica: “Você está com câncer”, aponta a Estimativa 2014 — Incidência de Câncer no Brasil, produzida pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Mas o diagnóstico é apenas o começo de uma árdua batalha, que, segundo quem já passou pela experiência, não termina nunca. A estimativa do Inca é que em 2016 o Brasil deverá registrar outros 596 mil casos de câncer, 295,2 mil entre homens e 300,8 mil entre mulheres.

“Minha vida mudou”, “sinto-me mais insegura”, “infelizmente, muitos amigos e familiares se afastaram”, “não sou mais a mesma”, “não posso falar da doença que sinto uma coisa ruim e me dá vontade de chorar”, “por causa da medicação de controle sinto dor, tenho hemorragias”, “tenho medo de a doença voltar”, “pela manhã estou ótimo, mas à tarde sinto muita fadiga”, “fisicamente, sou outra pessoa”, “às vezes, preciso pegar no tranco”, “a faxina que eu dava em um dia, hoje leva três dias”, “perdi tudo o que tinha”... são frases comuns de se ouvir de quem passou pela turbulência causada pela descoberta e tratamento de um tumor maligno.

CURA 
Para atenuar essa dor, o único remédio é o amor. o amor e o carinho são fundamentais durante o tratamento. O amor é cumplicidade, doação e entrega. É admiração e sentir vontade de estar por inteiro com o outro. Quando existe amor de fato, a fé permanece e se estabelece a superação.

Fé acima de tudo Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento, pessoas que passaram por um câncer e venceram a doença são chamadas pelos médicos de “sobreviventes”, por, na maioria das vezes, carregarem tanto sequelas físicas quanto psicológicas. Retirada das mamas, impotência, cicatrizes, limitação de movimentos, transtorno de estresse pós-traumático, medo, insegurança, perda de patrimônio e irritabilidade são rastros deixados pelos tumores malignos naqueles que se sentem vencedores simplesmente por continuarem vivos. De acordo com o oncologista Marcos André Portella, estudos mostram que cerca de 25% dos pacientes acabam o tratamento com sequelas físicas e outros 10% com traumas psicológicos, entre eles, fadiga, insônia e depressão.
udo isso afeta não só o paciente, mas a família e os relacionamentos amorosos, já que ele vê a sua vida íntima paralisada, uma vez que todas as atenções estão voltadas para o tratamento e para a cura. Por isso, é preciso um tratamento interdisciplinar, que leve em conta não só os cuidados médicos, mais do que necessários, mas apoio psicológio e nutricional. “Tudo isso ajuda a tratar o paciente como um todo, já que, depois da doença, muitas vezes existe mais um desafio, que é a necessidade de mudar de vida, como deixar o cigarro, perder peso, reduzir o consumo de bebida alcoólica, mudar a alimentação”, observa Portella. 

terça-feira, 8 de maio de 2018

Câncer de ovário alertar mulheres sobre os sintomas da doença é fundamental.

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No mundo, são quase 250 mil mulheres diagnosticadas anualmente e o câncer do ovário causa 140 mil óbitos por ano. Ao contrário de alguns tipos de câncer,  países desenvolvidos e subdesenvolvidos têm os mesmos índices das doenças.
Devido a algumas de suas características, este tipo de câncer é frequentemente chamado como o câncer “silencioso”. Segundo o ginecologista oncológico do Hospital de Câncer de Barretos, Dr. Ricardo dos Reis, “este termo pode ser usado, pois nos estágios iniciais desta doença a paciente não apresenta sintomas ou são confundidos com outros problemas de saúde. Além disso, ainda não existe nenhuma forma efetiva de detecção precoce do câncer de ovário até este momento. Estudos foram feitos usando marcadores séricos (testes de sangue) e com o uso de ultrassom transvaginal para avaliar os ovários, porém nenhuma das formas isoladas ou em conjunto mostraram eficácia em termos de detecção precoce deste câncer ainda”.  
Sintomas
A confusão com sintomas de outras doenças citado por Dr. Ricardo também agravam a condição do câncer de útero. Uma das formas que os médicos seguem alertando os pacientes é em relação à periodicidade e a combinação dos sintomas. A paciente deve procurar ajuda médica quando sentir um ou mais sintomas descritos por um período maior do que três semanas: cansaço, sangramento vaginal, o aumento do volume abdominal, inchaço contínuo, dificuldade de comer, dor abdominal ou pélvica, necessidade urgente e freqüente de urinar. 
Formas de prevenção
Embora o câncer de ovário seja difícil de ser prevenido, existem comportamentos que podem retardar a doença. O uso da pílula anticoncepcional por, no mínimo, 5 anos, pode reduzir o risco de câncer de ovário entre 30% e 60%, assim como ter gestações e amamentar. Mas de acordo com Dr. Ricardo, a oncogenética tem se mostrado muito eficiente para o combate da doença: “Uma grande parcela destes casos são geneticamente prevenidos, por isto, se houver casos na família de câncer de mama ou ovário, a paciente deve procurar fazer uma avaliação genética. Se a paciente tiver a propensão para este câncer, medidas preventivas poderão ser tomadas, como a retirada cirurgicamente dos ovários e das trompas de Falópio”. A retirada destes órgãos implica na impossibilidade de gravidez, mas pode reduzir o risco da doença entre 40% e 70%. Se a paciente realizar esta cirurgia na fase pós-menopausa, o risco do câncer de ovário e de outros tipos de câncer relacionados são reduzidos entre 85% e 90%. 
Fatores de risco
Uma informação equivocada muito comum entre a população a respeito do câncer de ovário, é que o exame de Papanicolaou (usado para a detecção do câncer de colo-de-útero) serve para a prevenção deste tipo de câncer. Isso não é verdade: ele detecta apenas as alterações pré-cancerosas nas células do colo do útero.
O maior fator de risco para mulheres é a própria idade, mas é interessante sempre conversar com o médico para saber qual é o seu risco pessoal. Saber do antecedente familiar com pessoas com câncer de mama ou de ovário, é importante, pois 14% dos casos deste tipo de câncer esta ligado ao fator genético. Uma mulher diagnosticada com câncer de ovário também deve procurar aconselhamento genético para saber.