quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

A imagem pode conter: óculos de sol, oceano, atividades ao ar livre, água e natureza
Dermatologista alerta para cuidados com a pele durante o verão; entenda
Campanha nacional de prevenção à doença, conhecida como Dezembro Laranja, orienta sobre os cuidados com o sol durante a estação mais quente do ano.
Por Andressa Barboza, G1 Santos
26/12/2019 05h08 Atualizado há uma hora
Dezembro é o mês da campanha nacional dedicada à prevenção do câncer de pele e, com a chegada do verão, que teve início no último domingo (22), é preciso redobrar os cuidados durante a exposição ao sol. Em entrevista ao G1, a dermatologista Isabela Peron Melhado falou sobre como curtir os dias de praia, piscina e sol, sem prejudicar a pele.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos por ano. Quando descoberto no início, ele tem mais de 90% de chances de cura.
Todo ano o tema da campanha é renovado e, em 2019, a SBD decidiu falar sobre os principais sinais do câncer de pele para o diagnóstico e tratamento precoce. Segundo a dermatologista, o câncer de pele pode se apresentar como uma ferida ou uma mancha e é preciso ficar atento.
"Pode ser uma ferida que não cicatriza, que coça, arde ou dói e, com relação às pintas, é preciso ficar atento àquelas com bordas irregulares, pintas que a pessoa nota que estão crescendo ou que têm cores diferentes", explica Isabela.
Pessoas com a pele mais clara estão mais suscetíveis a ter câncer de pele e, também, quem já tem histórico da doença na família. Aqueles que não têm fator de risco devem fazer um check-up com o dermatologista anualmente. Já os que tem, devem comparecer ao médico uma vez a cada seis meses.
"É preciso reforçar também que a exposição ao sol tem efeito cumulativo na pele. A exposição solar sem proteção e várias queimaduras solares de primeiro grau ao longo da vida podem causar câncer de pele."
Cuidados especiais em dias de sol forte são fundamentais para prevenir câncer de pele — Foto: Reprodução/TV TribunaComo prevenir?
Protetor solar é a palavra-chave para quem deseja se expor ao sol sem correr riscos. Isabela explica que o produto ideal é aquele que tem Fator de Proteção Solar (FPS) de 30 para cima e o protetor deve ser aplicado 30 minutos antes de se expor ao sol.
"Muita gente esquece, mas é preciso reaplicar o protetor a cada duas horas ou, também, se houver transpiração excessiva. Se entrar no mar, o ideal é se secar e aplicar novamente logo em seguida."
Outra medida preventiva, além do protetor, é usar sempre óculos de sol com proteção ultravioleta, indicado também para evitar a catarata, além de usar roupas com tecidos de algodão ou aqueles que já vem com proteção solar. O uso de chapéus e bonés também ajuda na prevenção.
"O uso do guarda-sol é essencial. Alguns são feitos com tecido que já possuem fator de proteção adicional mas, se não houver, o melhor é a base de algodão ou de lona e, de preferência, evitar se expor ao sol no período de maior radiação, entre 10h e 16h."
Há ainda quem esqueça dos lábios, mas protegê-los também é muito importante. A dermatologista apontou que a parte inferior do lábio é uma região com alta incidência de câncer de pele.
"As pessoas esquecem de passar protetor labial, mas a boca também precisa ser protegida. No mercado há diversas marcas de batom com FPS. Couro cabeludo, orelha, nuca e dorso da mão também são áreas que pegam bastante sol e não podem ser esquecidas", finaliza.
A campanha Dezembro Laranja, foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia com o objetivo de prevenir o câncer de pele, que é o tumor de maior incidência no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o final de 2016, estima-se em média 181 mil novos casos, sendo que, deste total, 5.670 mil correspondem a novos casos de melanoma. A exposição solar excessiva, sem proteção, pode provocar alterações celulares, levando ao desenvolvimento de câncer de pele. Pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos, quem se expôs muito ao sol e quem tem histórico de câncer de pele na família estão mais propensos a desenvolver a doença. Os cânceres de pele podem ser divididos em melanoma e não melanoma, e os mais frequentes são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, menos agressivos, mas que podem causar lesões funcionais e estéticas.
O carcinoma basocelular, mais frequente na população brasileira, costuma apresentar áreas com protuberância, com borda mais elevada e cor mais avermelhada, com pequenos vasos de sangue. Já o carcinoma espinocelular, segundo mais frequente, porém, mais agressivo que o basocelular, tem como característica sinais com aparência endurecida, uma úlcera que lembra um machucado, que não cicatriza. O cirurgião oncológico, especializado em câncer de pele, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Eduardo Bertolli, informa que as regiões mais comuns para o aparecimento dos dois tipos de carcinoma são as áreas mais expostas ao sol, como rosto, cabeça, pescoço, nariz, lábios e dorso das mãos. De acordo com o médico, o tratamento destes dois tipos de câncer de pele é cirúrgico, na maioria das vezes.
Já o melanoma cutâneo, que tem incidência mais baixa do que os carcinomas, mas de maior gravidade, ainda esse ano, pode chegar a registrar 3 mil casos em homens e 2.670 mil casos em mulheres. O melanoma cutâneo normalmente acomete os mais jovens, entre 30 a 40 anos, surgindo por meio de uma pinta ou um sinal em tons acastanhados, que com o tempo altera de cor e tamanho, podendo até sangrar. Em um estágio mais grave, o tumor pode gerar metástase nos órgãos e gânglios. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura dos melanomas é alta, podendo chegar a mais de 90%.
O bronzeamento artificial também oferece alto risco de desenvolvimento de câncer de pele, mais do que a exposição aos raios solares. Isso ocorre porque elas emitem altos níveis de UVA, a radiação ultravioleta, de maior risco para o câncer de pele. Porém, desde 2009, quando foram consideradas cancerígenas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as câmaras de bronzeamento foram proibidas no Brasil, único país a ter essa iniciativa e por isso referência no combate ao câncer de pele.
Como se prevenir
Procurar evitar a exposição excessiva à radiação solar, composta pelos raios UVB (responsável pela queimadura avermelhada da pele) e UVA (ultravioleta), principalmente entre 10h e 16h, é uma das recomendações. A radiação UVA penetra profundamente na pele e é a principal responsável pelo câncer da pele. Sua intensidade varia pouco ao longo do dia, sendo intensa não somente em dias de sol, mas também com o céu nublado, por isso é fundamental utilizar protetor solar diariamente. Quem tem tatuagem deve redobrar os cuidados, pois as tintas escuras usadas nas imagens podem encobrir possíveis lesões precursoras do câncer de pele. O melanoma, por exemplo, possui uma alteração celular com muito pigmento, assim como as tatuagens, dificultando a análise da estrutura celular durante os exames patológicos.
Adotar medidas simples de proteção como o uso de filtro solar, boné, chapéu, além do cuidado com o excesso de exposição solar, não excluí a importância do acompanhamento anual e periódico com um dermatologista.  “A consulta com um dermatologista é essencial para o monitoramento de manchas, pintas e sinais que podem identificar o câncer de pele. Existem regiões do corpo em que a pessoa sozinha não consegue visualizar”

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

A campanha Dezembro Laranja alerta para o câncer de pele, que é comum no Brasil, mas ainda recebe pouca atenção
Está chegando mais um Dezembro Laranja, campanha do câncer de pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No ano de 2019, além de conscientizar a população sobre a prevenção desde a infância, a iniciativa tem como objetivo principal alertar sobre os sinais do câncer de pele para diagnóstico e tratamento precoces. Assim, aumentando as chances de cura na grande maioria dos casos.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente, são diagnosticados 180 mil casos novos da doença. Isso significa que um em cada quatro casos novos de câncer no Brasil, é de pele.
“Temos um problema de saúde pública e a SBD transformou esse problema numa ampla campanha de combate ao câncer da pele por meio do Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre a doença, explica o Presidente da Instituição, Dr. Sergio Palma.
De acordo com Palma, “reduzir as estatísticas de incidência e mortalidade de câncer da pele é uma meta alcançável e a Sociedade Brasileira de Dermatologia está comprometida com essa causa”.

Dezembro laranja: câncer de pele no Brasil

Segundo o dermatologista Elimar Gomes, Coordenador Nacional do Dezembro Laranja, “quase 90% dos casos existentes são de carcinomas. Esses tumores têm letalidade baixa, mas provocam cerca de 1.900 óbitos a cada ano no nosso País. Menos comum, o câncer melanoma é o tipo mais agressivo e, por este motivo, causa mais de 1.700 óbitos anualmente. Nós conhecemos a origem da doença e sabemos que é possível preveni-la, por este motivo a conscientização pública é uma das formas de reduzir o número de casos”, conclui o médico.
Em 2019, no dia 07 de dezembro, cerca de quatro mil médicos dermatologistas e voluntários prestarão atendimento gratuito para diagnóstico do câncer de pele. As consultas serão realizadas em cerca de 130 postos espalhados pelo Brasil.
Acesse e veja o posto mais próximo de você: http://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/exame-preventivo-gratuito/
Para saber mais sobre a campanha, acesse: www.dezembrolaranja.com.br
Foto: Shutterstock
Fonte: SBD

segunda-feira, 4 de novembro de 2019


A imagem pode conter: texto

O movimento pioneiro nesta causa (e mais famoso no mundo) é o Movember. Ele surgiu em 2003 quando dois amigos australianos, Travis Garone e Luke Slattery, tomavam uma cerveja num bar em Melbourne e brincavam sobre trazer o bigode de volta já que ninguém mais usava. Então, inspirados pela mãe de um amigo que levantava fundos para o combate ao câncer de mama, resolveram fazer o mesmo para o câncer de próstata. A regra: deixar crescer um bigode e cobrar 10 dólares de cada bigodudo. Naquele ano 30 amigos se reuniram nessa causa.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

NOVEMBRO AZUL: A IMPORTÂNCIA DE SE CUIDAR

Novembro Azul é um movimento mundial que acontece durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros e as maiores vítimas são homens a partir dos 50 anos, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.
O que é a próstata
A próstata é uma glândula masculina que tem forma de uma noz e fica logo abaixo da bexiga e à frente do reto. O órgão envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina é eliminada da bexiga.
O que é câncer de próstata?
Durante o funcionamento da próstata, algumas células podem se desenvolver e multiplicar de forma anormal, provocando o surgimento de um tumor. O câncer de próstata é o segundo mais incidente entre os homens no Brasil, apenas atrás do câncer de pele não melanoma. Estima-se 68.220 mil novos casos da doença no país, em 2018. O risco estimado é de cerca de 66,12 novos casos para cada 100 mil homens.
Sintomas
A doença pode não apresentar (ou apresentar poucos) sintomas em sua fase inicial. Em alguns casos, os sinais são parecidos com os do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase mais avançada, o paciente pode ter dores nos ossos, sintomas urinários ou, nos casos mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Quando procurar o médico?
  • Quando o homem perceber sinais e sintomas sugestivos da doença, como: dificuldade de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite; e sangue na urina. A detecção do câncer de próstata pode ser realizada com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos (diagnóstico precoce).
  • Os homens sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença, podem realizar com exames de toque retal e de sangue para avaliar a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico).
Como é feito o diagnóstico de câncer de próstata?
O exame de PSA é solicitado anualmente para acompanhar as alterações específicas da próstata. O resultado, quando alterado, pode indicar situações como inflamações, infecções, hiperplasia (crescimento benigno) e também o surgimento do câncer de próstata. O toque retal e a dosagem do PSA servem para indicar a necessidade da biópsia da próstata (retirada e análise de fragmentos da glândula e única forma de confirmar uma suspeita de câncer). A realização de exames é recomendada quando há presença de sinais e sintomas, conforme preconiza o Ministério da Saúde.
 Como posso prevenir?
Adotar hábitos saudáveis diminui o risco de várias doenças, inclusive o câncer. Recomendamos:
  • Manter uma alimentação saudável e equilibrada;
  • Não fumar.
  • Identificar e tratar adequadamente a pressão alta, diabetes e problemas de colesterol
  • Manter um peso saudável;
  • Praticar regularmente atividades físicas.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

A imagem pode conter: texto

Mamografia: qual a importância do exame?

A mamografia é um raio-x das mamas. O exame ajuda a detectar possíveis sinais de câncer de mama antes mesmo do nódulo ser formado, principalmente em mulheres com tecido mais gorduroso nas mamas ou que estão na fase da pós-menopausa. Ela é indispensável para se chegar a um diagnóstico precoce de câncer de mama.
A mamografia pode ser de dois tipos
Mamografia de rasteio - faz parte dos exames de rotina, é usada para procurar sinais de câncer de mama em mulheres que não tem sintomas da doença. O médico compara o resultado do exame mais recente com os anteriores para ter um histórico de alterações nos seus seios.
Mamografia de diagnóstico - é feita para investigar quando há suspeita de câncer de mama. As imagens de alta qualidade do exame ajudam o médico a identificar tumores que ainda estão pequenos demais para serem sentidos durante o exame de toque.
Mas é bom lembrar: apenas o resultado da biopsia dá o diagnóstico definitivo para o câncer de mama. A mamografia apenas ajuda a identificar possíveis sinais da doença.
Como é feita a mamografia?
No exame, o técnico que vai realizá-lo ajudará você a posicionar as mamas no suporte da máquina. Essa máquina vai pressioná-las de leve e isso pode causar um pouco de dor, mas é necessário para obter imagens em resolução. Depois, um radiologista vai examinar as radiografias e emitir um relatório para o médico, que conversará com você sobre os resultados do exame.
No dia do exame, não use creme, talco ou desodorante. Se você estiver com suspeita de gravidez ou amamentando, tiver implantes nos seios, cicatrizes na mama ou já fez biopsias ou cirurgias na mama, informe isso para o técnico e para o médico antes de fazer a mamografia.
Quando a mamografia deve ser feita?
Atualmente, a mamografia é indicada a partir dos 50 anos como exame de rotina. Mas, pode ser pedida pelo seu médico sempre que houver necessidade de investigar alguma alteração nos seus seios. Por isso, se você perceber caroços, tiver dores, secreções ou mudanças no tamanho das mamas, procure o seu médico. Se ele achar necessário, você será encaminhada para uma mamografia de diagnóstico.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Mulheres da roça participam do Outubro Rosa

Campanha contra câncer de mama reforça importância de diagnóstico precoce.

Elas cuidam de tudo na zona rural: da casa, do pomar, 
da horta e dos animais. 
E na lista das multitarefas também está a visita ao 
posto de saúde para fazer exames importantes.
A agricultora Sandra Erbet Ersse, que perdeu a mãe 
por causa do câncer de mama, tem motivos 
de sobra para não esquecer o compromisso. Ela diz 
que sempre faz acompanhamento médico e os autoexames.
Hábitos saudáveis e exames preventivos podem 
evitar até 30% dos casos de câncer de mama. 
É o que diz o Instituto Nacional de Câncer. No município de Agudos (SP), 
a prefeitura envia transporte 
para levar as mulheres à Unidade Básica 
de Saúde (UBS).
Dona Noemi Semião da Silva, de 59 anos, e o marido
 cultivam legumes e verduras orgânicos. 
Sempre que as enfermeiras do postinho chamam, 
a agricultora deixa o sítio e vai ao médico.
A unidade de saúde fica no Distrito de Domélia, 
a 80 quilômetros do centro de Agudos. No local, 
223 mulheres recebem atendimento. Muitas vivem 
nos três assentamentos da região.
Jussara é enfermeira e foi diagnosticada com 
câncer de mama quando tinha 33 anos. 
Depois do tratamento e da cura, ela se
 tornou a principal incentivadora das mulheres 
da comunidade rural.
Nas palestras e consultas feitas no posto, 
ela sempre alerta para a importância do diagnóstico 
precoce e do autoexame.
Por Nosso Campo, TV TEM - 20/10/2019 07h40

sexta-feira, 18 de outubro de 2019


Origem do Dia do Médico

Dia do Médico é celebrado em 18 de outubro em homenagem à São Lucas.
Lucas foi um dos quatro evangelistas do Novo Testamento, e seu evangelho é o terceiro em ordem cronológica. Lucas era médico, razão pela qual se decidiu homenagear os profissionais com o mesmo dia da festa deste santo.

terça-feira, 15 de outubro de 2019






Outubro Rosa: Reconstrução mamária devolve autoestima a mulheres que sofrem
com o Câncer de Mama.
Bruno Luitgards, cirurgião plástico de Brasília, explica a importância do procedimento para mulheres e três diferentes opções para a operação.
Outubro chegou e com ele uma das campanhas mais impactantes do ano. O outubro Rosa luta pela prevenção e combate ao câncer de mama, e de acordo com o Globocan 2018, estudo da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, esse tipo da doença afeta 2,1 milhões de pessoas por ano e é o quinto que mais mata em todo o mundo. No Brasil, o Inca – Instituto Nacional do Câncer revelou que, só neste ano, 60 mil pessoas receberão o diagnóstico.
O tratamento deste tipo de câncer envolve a mastectomia parcial ou radical, que retira parte ou a mama inteira e gera uma sequela grave para as mulheres, modificando a forma como elas veem o corpo.
O cirurgião plástico Bruno Luitgards comenta que geralmente as pacientes relatam sensação de perda de identidade, associada a perda de feminilidade e atratividade sexual, tal é a importância das mamas para as mulheres em nossa sociedade. “Ainda assim, muitas pacientes podem se sentir desencorajadas a procurar tratamento por sentirem que a reconstrução é uma questão muito menos importante, e até fútil, quando comparada com o câncer e o risco superado”, acrescenta o especialista.
Para o médico, a reconstrução deve sempre ser considerada uma vez que existem evidências científicas de que ela melhora a qualidade de vida, inclusive a autoestima, função social e psicológica, sexualidade e autoimagem dessas mulheres. “A reconstrução imediata, feita no mesmo momento da mastectomia, é a melhor opção, pois diminui o efeito psicológico da perda da mama”, pontua Luitgards.
Como é feito o procedimento?
Dr Bruno explica que existem basicamente três opções para a reconstrução mamária:
1. Utilização de aloplásticos: em que se coloca um expansor ou uma prótese de silicone para reconstruir a mama retirada.

2. Reconstrução oncoplástica: que pode ser utilizada em casos de mastectomia parcial, onde se utiliza a mama restante para a reconstrução.
3. Reconstrução com tecido autólogo: em que se utiliza pele e gordura da própria paciente para a reconstrução, normalmente excesso de pele da região abdominal ou das costas.
“A escolha entre esses tipos depende de vários fatores, como comorbidades, tamanho e forma da mama contralateral, cirurgias prévias, necessidade de radioterapia, qualidade da pele pelo tórax e, mais importante, a escolha da paciente”, destaca. O médico complementa que “há ainda um momento da reconstrução em que é realizada a simetrização da mama contralateral (do lado sem câncer) para deixar as mamas mais simétricas”.
“Após a operação, a paciente deve seguir todas as recomendações médicas, sendo necessário muitas vezes repouso dos braços, uso de sutiãs modeladores e cuidados com a ferida operatória para que a recuperação seja mais rápida”, finaliza o especialista.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Os nódulos são os sinais mais comumente associados ao câncer de mama. No entanto, eles não sãos os únicos e também podem surgir irritações ou abaulamentos, inchaço, eritema (vermelhidão), dor, inversão do mamilo, eliminação de secreção pelo mamilo, inchaço ou nódulos na axila e braço. Além disso, existem mulheres que não manifestam nenhum sinal ou sintoma. Por isso, é muito importante conhecer seu corpo e fazer acompanhamentos médicos regulares para cuidar da saúde das suas mamas.
A imagem pode conter: texto
Autocuidado:
O autocuidado em relação ao câncer de mama é um conjunto de práticas que podem ser adotadas pelas mulheres para preservar a saúde da mama. Essas práticas têm impacto tanto na redução do risco para o surgimento de um câncer de mama quanto para a detecção precoce no caso da doença aparecer.
Detecção Precoce:
O autoexame é uma das práticas mais conhecidas de autocuidado. Ele é importante para que você conheça bem o seu corpo e possa perceber com facilidade qualquer alteração suspeita nas mamas. Se você notar algo diferente, procure um médico imediatamente, pois só ele poderá determinar se os sintomas correspondem ou não à doença.  Se for um caso positivo, quanto mais cedo o câncer for diagnosticado e tratado, maiores são as chances de cura.
Esteja atenta aos seguintes sintomas:
  • Aparecimento de nódulo (caroço) no seio ou na axila. Os nódulos podem apresentar dor ou não, ser duros e irregulares ou macios e redondos.
  • Dor ou inversão do mamilo (volta-se para dentro da mama).
  • Presença de secreção pelo mamilo, sanguinolenta ou não.
  • Inchaço irregular em parte da mama, que pode ficar quente e vermelha.
  • Irritação ou retração na pele ou aparecimento de rugosidade semelhante à casca de laranja.
  • Vermelhidão ou descamação do mamilo ou da pele da mama.
  • Nos casos mais adiantados, pode aparecer uma ulceração na pele com odor desagradável.
Mas atenção: o autoexame não substitui o exame regular realizado pelo médico e nem a mamografia. Nesse sentido, a mamografia é mais eficaz por detectar nódulos ainda muito pequenos, não perceptíveis pelo toque. O câncer da mama inicial geralmente é assintomático, ou seja, você não percebe nenhum sintoma ou sinal e ele só pode ser detectado através de exames (mamografia, ultrassom ou ressonância magnética). 
Manter os exames em dia é outra forma importante de autocuidado. A realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos é muito importante para que a doença seja diagnosticada precocemente. Mulheres com histórico de câncer na família devem iniciar a realização do exame 10 anos antes da idade que a parente tinha ao detectar o tumor. Antes dessa idade, as mulheres devem solicitar ao ginecologista ou ao mastologista a realização do exame clínico das mamas, que é um exame de toque, e fazer exames complementares caso o médico os solicite. Um exemplo é a ultrassom, normalmente aplicado em mulheres mais jovens por terem as mamas mais densas. 
Redução de Risco:
Para reduzir o risco de desenvolver um câncer de mama, é importante manter hábitos saudáveis: fazer exercícios regularmente, ter uma dieta equilibrada, evitar bebidas alcoólicas e cigarro e fugir dos quilos a mais, em especial depois da menopausa. A maternidade protege contra esse tumor se a mulher tiver filhos antes dos 35 anos de idade e amamentá-los.
A obesidade pode estimular as células da mama e gerar um tumor. A gordura periférica do corpo pode ser transformada em hormônio feminino, e a estimulação pelo hormônio produzido pelo próprio corpo pode aumentar as chances de estimular esse crescimento celular irregular.
A prática de exercícios físicos diminui o risco principalmente quando a mulher perde peso, ou se mantém no seu peso ideal. Mas mesmo atividades físicas de lazer, de leve intensidade, apresentam resultado rápido. Mulheres que praticam pelo menos 30 minutos por dia de caminhada têm 10% menos de chance de desenvolver câncer de mama, revelou um estudo publicado no jornal da Associação Americana de Pesquisa do Câncer. Os cientistas monitoraram mulheres que já haviam passado pela menopausa.
Lembre-se: eliminar os fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama é uma forma muito importante de praticar o autocuidado. No entanto, mesmo mantendo hábitos saudáveis, as mulheres ainda estão sujeitas a desenvolverem a doença. O câncer de mama é resultado de uma mutação genética, que pode ser herdada (menos comum) ou espontânea (o que ocorre na maioria dos casos). Uma mutação espontânea pode ocorrer em uma célula do corpo ao longo da vida e ocasionar a doença, no entanto não se sabe com precisão se essas mutações ocorrem devido ao estilo de vida, alterações químicas no corpo da mulher ou à exposição a toxinas no ambiente, por exemplo. É por isso que, em se tratando de câncer de mama, é preferível falar em diagnóstico precoce que em prevenção. A realização regular de exames deve estar entre as boas práticas para preservar a vida de milhares de mulheres.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A imagem pode conter: texto
Ao longo dos anos, as mudanças de rotina e o crescimento das cidades contribuíram para que as pessoas ficassem cada vez mais ocupadas. Conhecido também como mal do século, o estresse foi um dos problemas que aumentou ao longo dos anos e hoje afeta grande parte da população, sejam jovens ou idosos. Mas é possível evitar agravamentos por conta deste problema.
O estresse também pode ser uma porta de entrada para outros problemas, já que não está apenas associado a fatores externos, como pressão na escola, faculdade ou trabalho. Também está ligado ao modo de como levamos as emoções do dia a dia, seja de alegria, emoção, decepção, tristeza ou medo, e isso varia de pessoa para pessoa.
A Coordenadora Hospitalar do Instituto Nacional de Cardiologia (INC),. Aurora Issa, explica que o estresse é algo complexo, e age de maneiras diferentes no organismo. “Pode ser um estresse agudo, quando a pessoa tem alguma reação ou susto, ou em situações de doença que gera estresse no organismo ou processo mais psicológico e emocional. Também pode ser um estresse contínuo ou crônico ligado a questões do dia a dia, ao acúmulo de preocupações”.
Fabiane Merotto é enfermeira e trabalhou por 10 anos em uma UTI adulto de um Hospital em Ponta Grossa (PR). Nos últimos três meses, antes de pedir desligamento, também coordenava uma equipe de captação de órgãos e tecidos para transplante. Foi nessa época que começou a sentir os primeiros sinais do estresse, embora não soubesse que estava com problema. “Eu não tive a habilidade de identificar. O motivo pelo qual saí do trabalho não foi porque eu estava doente. Eu comecei a ser muito crítica, achava que eu não estava mais conseguindo ajudar as pessoas, que eu era um fracasso profissional, então não poderia continuar naquela unidade, naquele setor”, lembra.
Ainda em 2007, depois de sair do Hospital, começou a lecionar. Foi quando o diagnóstico de depressão decorrente do estresse apareceu. “Nos primeiros meses de atuação no nível superior já comecei a ter crise de pânico e de choro. Foi muito rápido, quase que imediatamente depois da minha saída do Hospital”. A situação se agravou mais ainda quando ficou 14 dias sem comer e sem dormir. Acabou sendo internada.
O caso de Fabiane parece extremo. Vimos que perceber situações de risco decorrentes do estresse não é tão fácil. A Coordenadora Hospitalar do INC explica que o comportamento individual é um fator importante. “É óbvio que reações de decepção e preocupação, por exemplo, fazem parte da vida e do dia a dia de cada um. Mas os indivíduos reagem de forma diferente. No geral isso está relacionado à personalidade”.
Uma pessoa sob estresse adquire hábitos ruins, como não ter cuidado adequado com a saúde, alimentação, sono , além de não fazer exercício. E estes hábitos, muitas vezes associados ao estresse, podem causar problemas cardiovasculares, principalmente os problemas relacionados à doença aterosclerótica (acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias que causa a obstrução do fluxo sanguíneo). Queda de cabelo, doenças na pele e gastrite também são comuns em situações de estresse.
Em alguns casos, podem aparecer alguns sintomas, como suor excessivo, tontura e algumas dores.
Diagnóstico e tratamento
Dados da Pesquisa Stress no Brasil, realizada pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress, mostra que 52,28% dos entrevistados dizem ter ou já terem recebido o diagnóstico de estresse. O número de pessoas é alto, mas ainda existem pessoas que não sabem que estão passando pelo problema. Mesmo com as dificuldades para perceber a situação, é essencial identificar o quadro. “A primeira coisa depois de identificado que a pessoa possui este tipo de comportamento é procurar ajuda psicológica. Mudar alguns hábitos no dia a dia também pode ajudar tanto na diminuição do estresse quanto os efeitos maléficos que ele causa”, explica Dra. Aurora Issa, Coordenadora Hospitalar do INC.
Fabiane Merotto começou a tratar a doença logo em seguida com medicação, mas foi no artesanato que encontrou um hobby para diminuir o estresse do dia a dia. “Naquela época eu tomava até sete remédios diferentes. Hoje eu tomo uma medicação bem fraquinha apenas por controle. Uma coisa que me ajudou muito foi o artesanato”, conta.
Para a enfermeira, que voltou a trabalhar em Hospital, o artesanato foi uma opção para esquecer os problemas do dia a dia, mas não existe um tratamento específico para o estresse, e para cada indivíduo a melhora pode aparecer de lugares diferentes. “O melhor tipo de tratamento é ter uma identificação do profissional e uma conscientização do paciente a respeito da associação do nível de estresse com problemas de saúde. Existe o apoio psicológico, e também medicações específicas para isso”, alerta a Coordenadora Hospitalar.
Aurora também recomenda que as pessoas busquem atividades que as façam se sentir bem e mais tranquilas: “Da mesma forma que a resposta a termos de estresse é individual, as medidas são individuais também”.
Aline Czezacki, para o Blog da Saúde

terça-feira, 17 de setembro de 2019

SETEMBRO AMARELO

No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo e é a segunda principal causa de morte entre indivíduos com faixa etária entre 15 e 29 anos. Além disso, um estudo realizado em 2002, por José Manoel Bertolote, pesquisador na área, afirma que 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais tratados indevidamente ou não tratados de forma alguma. 

Desde 2015, foi criada a campanha do ‘Setembro Amarelo’ pela parceria entre o Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O intuito é criar um período no ano em que a sociedade possa debater, ter conhecimento sobre o tema e possa alertar a população sobre a prevenção do ato. 

Também de acordo com a OMS, 90% dos suicídios podem ser prevenidos.

Segundo a psicóloga Monick Brito, bipolaridade, ansiedade, depressão são alguns dos transtornos que mais contribuem para o suícidio, a especialista revela algumas das prevenções. “O principal é a indicação de um acompanhamento psicoterápico com uma abordagem que atenda a necessidade do indivíduo, a participação de grupos de ajuda e atividades do cotidiano também é uma forma de incentivo para ocupar a mente”. Além disso, Monick afirma que a prevenção é utilizar maneiras simples de estimular o indivíduo não cometer o suicídio. “Não podemos falar sobre prevenção esperando que seja oferecido algo extraordinário, que vá mudar a vida do indivíduo, porque o saudável é que ele encontre conforto e bem-estar no seu padrão de vida, com sua rotina”. 

Fundado há mais de 50 anos, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das ONGs voltadas ao tema mais antigas do Brasil. A associação filantrópica atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio de e-mail, telefone (188), chat ou pessoalmente. O CVV funciona 24h e obtêm 110 postos pelo Brasil com mais de 2400 voluntários. 

No Recife, Eliene Soares, 51, já é voluntária há 10 anos. “É um trabalho muito especial ser voluntária dO CVV. Eu tenho a oportunidade de melhorar todo dia, ajudando pessoa que precisam conversar, desabafar e muitas vezes elas não têm com quem fazer isso. É ter tolerância, paciência, aceitação e abertura para receber e ouvir quem pensa diferente”, afirma Eliene.  

Garantindo o sigilo e anonimato de quem entra em contato com o Centro, em 2018 o CVV Brasil recebeu em torno de 3 milhões de ligações. Foi um aumento de quase 50% em relação a 2017. Já no Recife, eles recebem em média 6 mil ligações por mês. Neste mês de setembro, o número geralmente dobra. 

Roda de conversa debaterá importância do Setembro Amarelo 

No dia 18 de setembro, o Teatro Beberibe sediará uma roda de conversa devido ao Setembro Amarelo. Organizado pelo projeto Mundo do Lua, o debate tem o intuito de discutir a importância de conversar sobre depressão e suicídio sem barreiras, desmistificando ambos os temas. O evento será às 16h e as inscrições podem ser feitas online. 

O Mundo do Lua é um projeto que oferece diversos serviços para ajudar pessoas com depressão, transtornos mentais ou apenas pessoas que sintam a necessidade de serem ajudadas. O projeto foi criado em 2017 por Sibely Fernanda, que perdeu o filho em 2015 e se viu na obrigação de criar um projeto que reduza a taxa de suicídios em Pernambuco.  

O grupo oferece psicólogos voluntários para atuar em algumas escolas estaduais e municipais de Paulista, pois a presença dos profissionais é rara. “Eu senti na pele o que muitos brasileiros sentem, que é querer ter dinheiro para pagar uma consulta para o seu filho e não ter, querer ajuda psicológica ou psiquiátrica e não ter”, diz Sibely sobre a iniciativa.  

Já no âmbito cultural, foi criado o MaracaLua, maracatu criado com o objetivo de tirar os jovens da comunidade de Paratibe da marginalização e oferecer um entretenimento diferente dos que são disponibilizados na área. Além disso, também promovem palestras em escolas, eventos, rodas de conversas, para levar esse assunto ao conhecimento de todos.

sexta-feira, 19 de julho de 2019



Dia da Caridade
A imagem pode conter: flor, planta e texto

O Dia da Caridade é comemorado anualmente em 19 de julho.

Esta data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prática e difusão da solidariedade, como um meio para desenvolver um bom entendimento entre todos os seres humanos.
A caridade é uma das qualidades mais defendidas pela maioria das religiões, que insistem que a principal definição de caridade é “amar e ajudar ao próximo”.
Com o intuito de reforçar o sentimento de altruísmo entre os brasileiros, foi criado o Dia da Caridade no Brasil, oficializado com a Lei nº 5.063, de 4 de julho de 1966, decretado pelo então presidente Humberto Castelo Branco.
De acordo com a lei, fica a cargo dos Ministérios de Saúde, Educação e Cultura organizar e promover o calendário de comemorações desta data.
Entre as atividades mais frequentes no Dia da Caridade, destaca-se a visita aos lugares onde a tristeza, pobreza e pessoas necessitando de carinho e atenção sejam presentes. Asilos, hospitais, casas de misericórdias, orfanatos e presídios são alguns exemplos.

O mundo ainda celebra o Dia Internacional da Caridade em 5 de setembro, data esta criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), através da Resolução 67/105, de 2012.
A escolha do dia 5 de setembro é uma homenagem ao aniversário da morte de Madre Teresa de Calcutá.
#DiadaCaridade
#Oncoexpressmedicamentosespeciais