quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Câncer de Mama

Câncer de mama metastático não é mais sentença de morte.


Existe vida após o diagnóstico de câncer de mama metastático. A doença, mesmo em sua fase mais avançada, não é uma sentença de morte. Trata-se, sim, de um forte adversário. Mas essa realidade está mudando graças às armas que temos para lutar contra o tumor. Hoje é possível viver anos a mais nessa fase da doença.
Mais tempo é o que queremos e o que precisamos garantir às pacientes com câncer de mama metastático. Existem casos em que a demora no acesso aos exames de imagem, como mamografia e biópsia, pode ser a causa do atraso na detecção do câncer de mama. Somente este ano, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que sejam descobertos 57 mil novos casos de câncer de mama no país –é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, exceto o de pele não-melanoma.
Mais de 50% dos casos da doença no sistema público de saúde já são descobertos em estágios avançados. Em 30%, a doença progride para o estágio metastático. Vale reforçar que o diagnóstico precoce ainda é nossa melhor opção para curar o câncer de mama. Mas não podemos esquecer das pacientes metastáticas.
O fato é que muitas mulheres vivem com câncer de mama metastático e pouco se fala sobre isso. Recente pesquisa do Instituto Datafolha revelou quase metade dos brasileiros desconhece a doença.
Como instituições representantes dos pacientes e defensores dos seus direitos, lutamos para dar às mulheres mais tempo para viver. Isso só é possível se elas tiverem acesso aos tratamentos adequados. O avanço científico viabilizou novas linhas de tratamento contra o câncer –por exemplo, os medicamentos que atacam prioritariamente as células tumorais.
Infelizmente, o acesso a esses tratamentos é limitado, principalmente para as mulheres atendidas pelo sistema público de saúde. Ao contrário dos estágios iniciais, em que o SUS oferece terapias-alvo para alguns tipos da doença, na fase metastática, é disponibilizada apenas a quimioterapia, sem respeitar as características específicas da célula tumoral. Ao médico cabe a responsabilidade de informar à paciente que, embora existam tratamentos mais adequados, estes não estão disponíveis dentro do sistema público, condição estabelecida no código de ética médico. Em muitos casos, essa informação não chega à paciente.
Entendemos o desafio da saúde pública no Brasil e a necessidade de atender as várias patologias da população que dependem do SUS. Também entendemos a necessidade de fazer mais com menos. No caso do câncer metastático, a luta é pelo controle dessa doença por meio de terapias inovadoras. A cada dia que esperamos para discutir como tornar esses tratamentos acessíveis, mais mulheres perdem a luta contra o câncer de mama metastático.
O papel do SUS é atender à saúde dos brasileiros em qualquer etapa de uma doença, e não só quando podem ser curadas. Os avanços da medicina comprovaram que hoje é possível controlar o câncer de mama metastático. Precisamos dar essa chance para todas as mulheres. Nossa luta é contra a doença. Lutamos por mais tempo, mais oportunidades de ver o filho crescer, o neto se formar ou mesmo viver o sonho ainda não realizado.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Luva ultrassensível pode ajudar a detectar câncer de mama, diz estudo

Material desenvolvido por japoneses é sensível, flexível e adaptável.
No futuro, ele poderia ser usado para exames de rotina.

Luva ultrassensível pode ajudar a detectar câncer de mama, diz estudo. Material desenvolvido por japoneses é sensível, flexível e adaptável.No futuro, ele poderia ser usado para exames de rotina. 

Uma equipe de pesquisadores japoneses e americanos anunciou ter desenvolvido um material sensível e muito adaptável que poderia, futuramente, ser usado em luvas especiais para detectar anomalias mamárias - e identificar um possível câncer de mama.

Este material semi-eletrônico a base de nanotubos de carbono pode formar uma luva muito fina capaz de medir precisamente as variações de pressão.
O meio científico sabe há anos que uma estrutura deste tipo pode, em teoria, constituir um excelente captor de deformações ou de pressão que aumenta a precisão dos dados com um mínimo de cálculos e recursos eletrônicos.
"Os dedos sensíveis de um médico experiente são capazes de detectar um tumor de pequeno tamanho, mas o que é sentido não pode ser medido" e se traduzir em dados numéricos que podem em seguida ser compartilhados, explicou à AFP o professor Takao Someya, da Universidade de Tóquio.
Este dispositivo também permitiria superar a falta de experiência ou de formação adequada à palpação de muitos médicos.
"No futuro nós poderíamos assim registrar e tornar tangíveis certas sensações que só podem ser percebidas por um médico experiente", explica o professor Someya.
O protótipo quadrado de 4,8 centímetros de largura avalia a pressão em 144 pontos simultaneamente.
Mais sensibilidade e precisão
"Os captores de pressão convencionais são bastante maleáveis para acomodar superfícies como a pele humana, mas não podem medir precisamente as variações de pressão quando são torcidos ou enrugados, o que os torna inutilizáveis sobre superfícies complexas e moldáveis", afirma em comunicado a equipe dos professores Takao Someya e Sungwon Lee, da Universidade de Tóquio associados a Zhigang Suo, da Universidade de Harvard.

Sensor de pressão flexível é capaz de medir a distribuição da pressão com precisão  (Foto: 2016 Someya Laboratory)
Sensor de pressão flexível é capaz de medir a distribuição da pressão com precisão (Foto: 2016 Someya Laboratory)
"Testamos o desempenho do nosso sensor com um vaso sanguíneo artificial e, assim, verificou-se que poderia medir pequenas mudanças na pressão", disse a equipe cujo trabalho é detalhado em um artigo a ser publicado nesta terça-feira no site da revista científica britânica Nature Nanotechnology.
A membrana sintética é originalmente transparente, mas uma vez montada com os transistores orgânicos, interruptores e circuitos, o todo se parece com uma folha de metal dourada, cuja espessura vai de 3,4 a 8 micrômetros (milionésimos de metro).
O produto ainda deve tornar-se mais durável antes que possa ser utilizado em ambientes médicos, reconheceram os investigadores.
A cura do câncer é fortemente dependente da fase em que é detectada: quanto mais cedo, melhor o prognóstico, mas o custo e a restrição colocada em alguns exames de diagnóstico precoce desencorajar muitos pacientes a passar por isso regularmente.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Dia do Farmacêutico


DIA DO FARMACÊUTICO – 20 DE JANEIRO
A escolha de uma data para a comemoração do Dia do Farmacêutico foi marcada por desencontros e várias propostas. A idéia da criação de um “Dia” partiu do farmacêutico Oto Serpa Grandado, e foi colocada em discussão, pela primeira vez, no dia 7 de janeiro de 1941 quando ele participava de uma reunião na Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF) e fez o seguinte questionamento: “Todas as profissões tem o seu dia, data especial para comemorar o ideal abraçado. Por que não temos o nosso “Dia”? “ Deste questionamento surgiu a proposta para a criação do “Dia do Farmacêutico”.
No dia 20 de janeiro é comemorado o Dia do Farmacêutico. A data foi escolhida em função da fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em 20 de janeiro de 1916. Na época, era a maior instituição representativa da categoria, no País.
Considerando a necessidade de unificar a comemoração do Dia do Farmacêutico e por ensejar maior visibilidade e reconhecimento, o Conselho Federal de Farmácia, por meio da Resolução nº 460, de 23 de março de 2007, reconheceu o dia 20 de Janeiro como o Dia do Farmacêutico.
Na busca pela valorização e estímulo do profissional farmacêutico, a para que o dia 20 de janeiro seja marcado pelo reconhecimento daqueles que lutam em prol a farmácia, foi criada pelo Conselho Federal de Farmácia, por meio da Resolução nº323, de 16 de janeiro de 1998, a Comenda do Mérito Farmacêutico que visa distinguir farmacêuticos e autoridades pelos relevantes serviços prestados à profissão. A entrega da Comenda do Mérito Farmacêutico é realizada durante as comemorações do Dia do Farmacêutico.

É perigoso para a saúde comer alimentos mofados?

Imagine que você esqueceu uma fatia de pão de forma no armário ou deixou um iogurte abandonado por muito tempo na geladeira. Em pouco tempo, esses alimentos podem apresentar em sua superfície uma espécie de "penugem" verde (na maioria dos casos) e com cheiro ruim. Trata-se do conhecido mofo, ou bolor, como também é chamado.
Os bolores nada mais são do que uma concentração muito grande de fungos, organismos considerados decompositores na natureza e presentes em qualquer lugar em que haja matéria orgânica disponível, como restos de plantas ou animais mortos.
Assim, a tal "penugem" que costumamos ver no alimento mofado são as hifas, ou seja, as estruturas em forma de fios que compõe o corpo dos fungos.
De acordo com o biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria, o fungo, por si só, não causa mal. "Mas alguns tipos produzem micotoxinas (substâncias tóxicas) que causam desde intoxicações alimentares até câncer do sistema hepático", explica.
Como existem milhares de tipos de bolores conhecidos, fica difícil saber se o desenvolvido em determinado alimento fará mal ou não à saúde. Então, na dúvida, o melhor é não consumir o pão, a fruta, o iogurte ou qualquer outra comida com aquele aspecto mofado.

Mas e se eu retirar a parte do alimento com bolor?

Segundo a pesquisadora Rosely Piccolo Grandi, do Núcleo de Pesquisa em Micologia do Instituto de Botânica de São Paulo, o recomendado é descartar qualquer alimento. "As estruturas dos fungos são microscópicas e não é possível saber se tudo foi eliminado. As que permanecerem no alimento podem causar problemas", diz.
Para Figueiredo, é possível recuperar parte de algumas frutas, como o mamão. "Com uma faca, retire o bolor e elimine, ainda, de um a dois dedos da parte boa da fruta que estava ao lado e na parte de baixo da área comprometida".

Torrar o pão elimina o mofo?

Em muitos casos, a alta temperatura pode matar o fungo, mas mesmo assim não se recomenda consumir o alimento já que as estruturas de reprodução do fungo, conhecidas como esporos, ainda podem permanecer no alimento.

Todo bolor tem tom esverdeado?

Nem todo mofo é verde. Eles também podem ter tons de azul, cinza, marrom, laranja e outras cores. Elas variam de acordo com o tipo de fungo que está se desenvolvendo. Geralmente, a cor verde ou seus tons (acinzentado ou azulado) indicam a presença das estruturas de reprodução dos fungos (esporos).

Fungos do bem

Mas nem todos os alimentos mofados podem ser considerados maléficos ao nosso organismo. Desde muito tempo, os fungos são utilizados na preparação de queijos (lembra do gorgonzola?), certos tipos de salame e bebidas fermentadas. E por que não fazem mal? "Nesses casos a utilização dos fungos é bem controlada e os tipos de fungos usados são bem conhecidos", explica Rosely.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Vai cortar os cabelos? Saiba como doar os fios para instituições que atendem a pacientes com câncer.
Quem pensa em cortar bons centímetros do cabelo pode aproveitar para ajudar outras pessoas. A doação de fios é um assunto e beneficia uma série de instituições que os transformam em perucas para pacientes que perderam os cabelos durante o tratamento contra o câncer.


Apesar de algumas dúvidas sobre o assunto, a doção de cabelo é muito simples e pode ser feita em qualquer salão de cabeleireiro. Basta uns poucos cuidados na hora do corte para devolver beleza e autoconfiança a essas mulheres.



Segundo Elisabeth Lomaski, idealizadora da ONG Rapunzel Solidária, alguns salões já fazem todo o processo, do corte ao envio - como o salão de Marcos Proença e JJ Cabeleireiros, em São Paulo. Ainda assim, o corte pode se feito em qualquer salão, basta comunicar o cabeleireiro. 



Veja o que fazer:

Antes de tudo
"É importante avisar o cabeleireiro que deseja doar os fios, pois é necessário cortar o cabelo já com um elástico e o cabelo precisa estar limpo e seco", explica Danyla Boróbia, da ONG Cabelegria.


O comprimento
A mecha a ser doada deve ter no mínimo de 10 a 20 centímetros, dependendo de cada instituição. "O melhor é entrar em contato com a ONG que escolheu e solicitar todas as informações", explica Danyla.



Pode ter química?
O cabelo doado pode sim ter química ou ser tingido.



Na hora de cortar
Amarre o cabelo com um elástico bem preso para garantir que os fios não se soltem e corte um dedo acima do elástico. É importante que o cabelo esteja completamente seco, já que pode mofar se estiver molhado ou úmido.



Para enviar
As instituições recomendam colocar a mecha em um plástico fechado antes de colocar no envelope, para evitar que caia algum fio durante o envio.




ONDE DOAR



- São Paulo:

ONG Cabelegria - Avenida Parada Pinto, 3420, Bl. 06, Ap. 33, Vila Nova Cachoeirinha, São Paulo - SP E-mail: cabelegria@gmail.com
ONG Rapunzel Solidária - Al dos Maracatins, 976, São Paulo SP. E-mail: rapunzelsolidaria@gmail.com

- Rio de Janeiro:
Banco de Perucas Laço Rosa - Rua Desembargador Isidro, 18, Sala 910, Tijuca, Rio de Janeiro - RJ Tel: 0/xx/21 7974-8504


- Minas Gerais:

Instituto Mário Penna - Rua Guaicuí, 20, 15 andar, Cidade Jardim, Belo Horizonte -MG. Tel: 0800 039 1441

- Espírito Santo:
Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer do Hospital Santa Rita de Cássia - Avenida Marechal Campos, 1579, Santa Cecília, Vitória - ES. Tel: 0/xx/27 3334-8058

- Rio Grande do Sul
ONG Cabelaço - Caixa Postal 58, Canoas (RS), Cep 92010-300 - ou Av. Ceará, 1260, Bairro São João, Porto Alegre - RS


- Santa Catarina 
Banco de Perucas do Hospital Infantil Joana Gusmão - Rua Rui Barbosa, 152, Agronômica, Florianópolis - SC Tel: 0/xx/48 3251-9000

- Paraná
ONG Atitude na Cabeça - Rua Francisco Rocha, 1544, Bigorrilho, Curitiba, PR. E-mail:atitudenacabeca@gmail.com

- Mato Grosso
Associação de Amigos da Criança com Câncer de Mato Grosso - Rua do Caju nº 329, Alvorada, Cuiabá - MT. Tel: 0/xx/48 3025-0800


- Pará:

ONG dos Ribeirinhos Vítimas de Acidente Motor (Orvam) - Avenida João Paulo II, Lote 134, Castanheira, Belém - PA. Tel: 0/xx/91 3231-1177. E-mail:contato@orvam.ogr.br

- Bahia
ONG Fios de Esperança - Rua Plínio Moscozo, número 627, Ondina, Salvador - BA. Tel: 0/xx/71 3357-6800


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de câncer, diz estudo.


Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmar que o café e a carne causam câncer, um estudo da Universidade do Texas relacionou a doença ao consumo excessivo de açúcar.
Segundo os pesquisadores do Anderson Cancer Center, publicado pela revista "Cancer Research", o elevado consumo de açúcar aumenta o risco de tumores nos seios e as metástases no pulmão.
Estudos epidemiológicos anteriores já haviam demonstrado que a sacarose proveniente dos alimentos tem um impacto significativo sobre o desenvolvimento de um carcinoma mamário porque favorece mecanismos inflamatórios ou picos de insulina que ajudam no aparecimento da doença.
Depois de investigar o impacto do açúcar sobre as glândulas mamárias de diversos ratos de laboratório, os especialistas norte-americanos comprovaram o efeito do consumo alimentar de açúcares sobre a ativação de um processo metabólico chamado de 12-LOX (12-lipoxigenase), que facilitaria o crescimento de um tumor e a metástase.
O estudo afirmou que, aos seis meses de idade, 30% dos ratinhos submetidos a uma dieta com controle de açúcar tinham tumores ao passo que entre 58% e 60% dos ratos com dieta enriquecida em sacarose ou frutose desenvolveu tumores mamários.
"É sobretudo a frutose que está sob acusação, mais do que a glicose. Mas, em geral, sabemos que um excessivo consumo de açúcares, amidos e carboidratos determina o aumento de peso até chegar à obesidade, o estresse oxidativo e aos danos microvasculares e cardiovasculares", afirmou Lorenzo Cohen, coautor da pesquisa e professor de Medicina Integrada da Universidade do Texas.
Para o especialista, "agora, se juntam a eles as já numerosas confirmações sobre a relação entre o excesso de açúcares e tumores".
Fonte Uol

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Conheça a história de uma mulher que venceu o câncer e aprendeu a cuidar do corpo


Atualmente, o dia a dia da portuguesa Vânia Castanheira, 33 anos, radicada no Brasil há dez, consiste em inspirar outras pessoas a, como ela, dar uma virada na vida em prol da própria saúde e bem-estar. Foi sobre isso que ela falou no fim do mês passado durante o TEDx São Paulo Women, evento mundial em que nomes de diversas áreas compartilham experiências, trajetórias de vida e muito conhecimento. É disso que trata o blog Minha Vida Comigo, que ela mantém desde 2013 e já reúne mais de 70 mil fãs no Facebook. E foi esse o tema do livro que ela lançou no fim do ano passado: Minha Vida Comigo. O Câncer Foi a Minha Cura (Ofício das Palavras). A doença foi a principal motivação para a mudança de vida da atual consultora da área de bem-estar (membro da International Coach Federation), mas ela quer incentivar mesmo quem nunca deixou de ser saudável.

Dois anos atrás, praticamente recém-casada, Vânia viu o sonho de ser mãe interrompido: ela descobriu que sofria de um tipo agressivo e raro de câncer de mama. "Foi um chacoalhão, um imenso tapa na cara", desabafa. Dez dias após o diagnóstico, a então empresária já estava na sala de cirurgia para a retirada de uma parte do seio. Duas semanas depois, voltou à mesa para passar por um novo procedimento, pois o tumor havia se espalhado. O tratamento de radioterapia, planejado no início, já não seria suficiente. Dali em diante, ela enfrentaria mais 16 sessões de quimioterapia e outras 30 de radio. "Foi o pior momento. Ali, soube que passaria a depender dos cuidados diários do meu marido e perderia cabelo, cílios e sobrancelhas, molduras que acreditamos que nos definem."

O choque e a angústia levaram Vânia a repensar a própria vida e as tais "molduras". "Era diretora executiva de uma empresa e não me reconhecia mais. Comecei a refletir sobre o que teria prazer em fazer se não precisasse de dinheiro. Lembrei que sempre gostei de escrever e por algum motivo não colocava mais isso em prática", conta. Assim, poucos meses depois do início do tratamento, criou o blog dedicado a compartilhar experiências de quem encarava a mesma luta que ela - já são mais de 40 relatos. O que antes era apenas um espaço para troca de ideias e confissões virou fonte de inspiração e informação, à medida que Vânia se deu conta da importância da alimentação e da qualidade de vida na rotina de todo mundo - e não só de quem, como ela, estava doente.

"Minha missão com o Minha Vida Comigo é ajudar as pessoas a terem uma vida saudável, consciente e feliz", diz ela no site. "A consulta que tive com a nutricionista, antes de iniciar a quimioterapia, foi quase tão longa quanto a do oncologista. Entendi que os alimentos podem nos dar saúde ou doença e nós somos responsáveis pelo que fazemos com nós mesmos." Se até então o que ia em seu prato era para ela apenas um monte de calorias, ali, ganhou status de nutriente - e os efeitos que eles têm no organismo passaram a ser extremamente valorizados. As escolhas, então, se tornaram mais conscientes. "Parei de comer farinha branca, açúcar refinado e sal e deixei de usar óleo para cozinhar", diz.

Segundo o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, as trocas foram acertadas e valem não só para quem está sob algum tipo de tratamento. "O açúcar e a farinha branca, além de não trazerem nutrientes, podem causar um processo inflamatório no organismo e favorecer os picos de insulina, aumentando a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos", explica. Já o sal provoca a retenção de líquidos e o aumento da pressão arterial. Outros alimentos, por sua vez, foram acrescentados ao cardápio, como a batata-doce (carboidrato de baixo índice glicêmico, ela tem digestão lenta, o que ajuda a retardar a volta da fome e aumenta a absorção de nutrientes); o arroz negro (segundo Durval, rico em fibras solúveis, que melhoram o trânsito intestinal e a flora bacteriana, fortalecendo o sistema imunológico); e os produtos orgânicos (livres de conservantes e agrotóxicos). Com menos sódio que a versão convencional, o sal rosa ganhou lugar cativo na cozinha de Vânia, assim como o açúcar de coco. "Este ganha pontos por ser feito a partir de um processo artesanal, conseguindo conservar nutrientes importantes para o organismo, como ferro, zinco, magnésio, potássio e vitaminas do complexo B", afirma o médico.

A atividade física, antes restrita a sessões de ioga duas vezes na semana, também ganhou importância na rotina de Vânia: foi substituída por sessões diárias de meditação e musculação - a quimioterapia leva à perda de massa magra e, com o término do tratamento, a prática era a melhor saída para repor os músculos. Mas os benefícios, segundo ela, vão muito além da estética. "É o exercício que me dá vitalidade e satisfação, aumenta a minha energia e a minha imunidade", defende Vânia. "O aumento de massa magra dá mais disposição ao longo do dia, e a atividade física frequente melhora o sono, diminui o stress e libera endorfina, responsável pela sensação de bem-estar", garante o educador físico Carlos Klein, proprietário da academia Crossfit79, em São Paulo.

Com o câncer já debelado, Vânia não tem planos de parar com seu trabalho.

Ela quer levar adiante a ideia de que devemos ouvir e respeitar nosso corpo, porque ele nos dá sinais quando algo não vai bem. É preciso entender que não é egoísmo nenhum cuidar de si mesmo. Muito pelo contrário: é, sim, um sinal de grande generosidade consigo mesma. Pronta para se cuidar você também?

Fonte: M de Mulher

Cursos para capacitar agentes de saúde em microcefalia começam até fevereiro

O governo adota a partir deste mês duas medidas para aumentar o número de médicos e profissionais de saúde treinados para tratar pacientes com microcefalia relacionada ao vírus zika. Diante da explosão do número de casos da má-formação registrados a partir de setembro e da consequente necessidade de ampliação de serviços capazes de dar uma assistência adequada às crianças, o Ministério da Saúde publicou nesta terça-feira (12), uma portaria que institui Centros Colaboradores para qualificação de profissionais, uma espécie de rede de capacitação. Módulos de cursos a distância também serão lançados.
"Centros colaboradores prestarão um serviço voluntário, não vão receber para isso", explicou o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Heider Pinto. Universidades, hospitais de ensino e centros credenciados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) poderão informar qual tipo de capacitação podem realizar e para quantos alunos.
— Todas instituições interessadas, desde que preencham as condições básicas, poderão ser incluídas no cadastro. Secretarias de saúde, por sua vez, vão informar quantos profissionais precisariam receber orientações. Feito isso, vamos organizar o fluxo dos treinamentos.
Serviços e instituições que aderirem à iniciativa deverão adotar os protocolos do Ministério da Saúde como referência nos processos de qualificação.
— Serão várias áreas. Desde diagnóstico precoce até estímulo da criança, capacitação para realizar testes de audição, acompanhamento específico de fonoaudiologia.
A rede de capacitação também deve ter uma preocupação com coleta de dados e desenvolvimento de pesquisas. Embora o cadastramento seja automático — não há necessidade de visita prévia ou de apresentação de um trabalho detalhado sobre as aulas que serão ofertadas —, o ministério garante que acompanhará a qualidade do trabalho.
— Se recebermos críticas sobre cursos, vamos tomar providências.
Pinto acredita que instituições estão dispostas a integrar a rede de capacitação, mesmo não havendo previsão de repasses de recursos.
— A ideia do cadastro foi muito bem recebida. Todos estão cientes da dimensão do problema e da necessidade de mobilização.
A expectativa é que as aulas comecem até fevereiro. Além dos cursos presenciais, o Ministério da Saúde se prepara para lançar módulos de cursos a distância voltados para agentes de saúde e para integrantes do Programa de Saúde da Família, também para capacitar profissionais no cuidado a crianças com microcefalia. Heider Pinto estima que os cursos serão lançados ainda este mês.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

10 fatos sobre o lúpus que todo mundo precisa saber


Bastante gente já ouviu falar sobre lúpus, mas poucas pessoas conhecem de fato a doença. Prova disso é que existem muitos mitos e dúvidas em torno do assunto. Por exemplo, esta é uma doença que acomete somente as mulheres? É contagiosa? Quais sintomas apresenta? Tem cura? Todas essas e outras questões serão esclarecidas abaixo.

O que é lúpus?

Evandro Mendes Klumb, coordenador da Comissão de Lúpus da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e presidente da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro, destaca que lúpus eritematoso sistêmico (LES), ou simplesmente lúpus, é uma doença inflamatória, autoimune e crônica.
Abaixo você conhece melhor os principais fatos sobre esta doença:

1. A principal característica da doença é a intermitência (intercalação) de suas manifestações clínicas.

Klumb explica que a pessoa com lúpus tem, habitualmente, fases nas quais apresenta sintomas, chamados pelos médicos de “períodos de atividade” e, outros momentos, nos quais fica sem manifestações da doença, chamado de período de “remissão”.
Exatamente por isso, “ainda que a pessoa não apresente sintoma algum, não é possível afirmar que a doença esteja ‘curada’, pois as alterações imunológicas continuam presentes e podem determinar o retorno dos sintomas outra vez”, destaca o médico.
“É necessário manter o controle médico de forma contínua com o uso de um ou mais medicamentos, para a maioria das pessoas portadoras de lúpus, que ajudam a manter a doença sob controle”, acrescenta o especialista.

2. Lúpus é uma doença inflamatória e autoimune.

Evandro Klumb esclarece que o lúpus pode apresentar sintomas em vários órgãos, sendo esses decorrentes de uma inflamação, ocasionada por um desequilíbrio no sistema imunológico da pessoa, fazendo com que ela produza uma quantidade aumentada de anticorpos.
“São exatamente esses anticorpos que têm a capacidade de reagir contra proteínas do nosso próprio organismo, que estabelecem o conceito de doença autoimune”, explica o especialista da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

3. Lúpus depende de herança genética mas está relacionado a fatores ambientais.

Vale ressaltar que o sistema imune é desenhado para proteger o corpo humano de bactérias, vírus e outros patógenos. No caso das doenças autoimunes, de forma geral, ele identifica partes do próprio corpo como patógenos e as ataca.
Mas não é possível definir uma única causa para este “engano” inicial no sistema imune. Acredita-se na combinação de tendências genéticas com fatores ambientais – entre eles, não só a irradiação ultravioleta, mas também o tabaco, conforme destaca o especialista Klumb.

4. Existem dois tipos de lúpus: sistêmico e cutâneo.

Evandro Klumb destaca que existem dois tipos de lúpus: um é o sistêmico, característico por apresentar sintomas em vários órgãos, como pele, pulmões, coração, rins, além de articulações e outros, podendo ter um curso grave ou não. “Nesta forma sistêmica, também são comuns sintomas gerais com cansaço, desânimo, anemia, febre baixa e emagrecimento”, destaca.
O segundo tipo, ainda de acordo com o médico, é uma doença que só apresenta sintomas na pele, ou seja, não há qualquer manifestação nos outros órgãos e é denominado lúpus cutâneo.

5. O lúpus pode apresentar sintomas bastante variados.

Evandro Klumb reforça que o lúpus eritematoso sistêmico (LES) desencadeia sintomas que podem surgir em diversos órgãos, de forma lenta e progressiva (meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão.
O reumatologista destaca que, nas fases iniciais do LES, principalmente, os sintomas que mais incomodam são:
  • Desânimo;
  • Cansaço;
  • Perda de apetite.
Ainda de acordo com Klumb, a maioria das pessoas com LES também pode apresentar, em algum momento:
  • Dor nas juntas, às vezes também com inchaço (artrite).
Além disso, de forma geral, conforme destaca o reumatologista Klumb, pelo menos 50% dos portadores de lúpus terá, em algum momento da doença:
  • Inflamação na pleura (membrana que recobre os pulmões) ou no pericárdio (membrana que recobre o coração);
  • Inflamação nos rins, que não determina dor, necessariamente, mas sim a perda de proteínas na urina, inchaço nas pernas e no rosto, hipertensão arterial e, nos casos mais graves, insuficiência renal com necessidade de hemodiálise.
Já no caso do lúpus cutâneo, os sintomas ocorrem somente na pele. Pode ocorrer, de forma geral:
  • Hipersensibilidade à luz (vermelhidão/ inflamação da pele nas partes expostas à luz, como rosto e colo);
  • Manchas;
  • Perda de cabelo.
O especialista Klumb ressalta que qualquer órgão ou tecido pode ser envolvido pela inflamação que ocorre no lúpus, mas alguns são particularmente preocupantes. “Na pele do rosto, por exemplo, a pessoa pode ficar com marcas e, por isso, estigmatizada, o que determina diminuição da autoestima, principalmente para as mulheres”, diz.

6. O lúpus é mais prevalente entre as mulheres do que entre os homens.

Evandro Klumb explica que a doença pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas, principalmente, na faixa etária entre 20 e 45 anos.
Ainda de acordo com o médico, estima-se que 120 mil a 250 mil pessoas tenham Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) no Brasil. “1 a cada 1.000 mulheres, no Brasil, são portadoras de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). No Rio de Janeiro, estima-se que a doença afeta entre 8 a 14 mil pessoas. Em São Paulo, os especialistas estimam a existência de 12 a 18 mil portadoras de LES”, acrescenta Klumb.

7. O tratamento do lúpus varia de acordo com a gravidade da doença.

O diagnóstico do LES é feito pelo médico reumatologista que reconhece os sintomas característicos da doença, com associação a exames que incluem hemograma, avaliação dos rins e pesquisa dos distúrbios imunológicos próprios da doença.
O tratamento do portador de lúpus, de acordo com Evandro Klumb, depende do tipo de manifestação apresentada e deve ser individualizado. “O objetivo é reequilibrar o sistema imunológico, além de controlar dor e inflamação. E o tratamento começa pela conscientização do paciente”, explica.
A intensidade com que se busca esse reequilíbrio (do sistema imunológico) e a quantidade de medicamentos necessários para esse controle, depende fundamentalmente da gravidade e extensão da doença, de acordo com o médico:
Casos iniciais e mais leves: pode-se usar apenas a cloroquina ou hidroxicloroquina (que são imunomoduladores) e analgésicos.
Casos mais avançados ou mais graves: pode-se fazer necessário o emprego de corticosteroides (cortisona), imunossupressores e, mais modernamente, também alguns medicamentos denominados de agentes biológicos como terapia ‘míssel’ ou terapia ‘alvo’.
O especialista acrescenta que algumas medidas são fundamentais para o reequilíbrio imunológico do portador de lúpus:
  • Medidas de proteção contra a claridade ou irradiação solar (com o uso de fotoprotetores),
  • Suspensão do tabagismo,
  • Afastamento de condições de estresse,
  • Alimentação balanceada,
  • Repouso adequado,
  • Atividade física regular.

8. Ainda não é possível falar em cura do lúpus, mas em controle da doença.

Na atualidade, ainda não é possível falar em cura do lúpus, mas em controle da doença, destaca Klumb. “Existem inúmeras pessoas com LES que usam apenas cloroquina (medicamento) e medidas gerais com um bom controle da doença”, diz.
No entanto, ressalta o médico, a maioria irá precisar de um acompanhamento regular, a cada três ou seis meses, com um reumatologista. “Pois, em caso de uma reativação dos sintomas da doença, esses devem ser controlados logo no início, permitindo que a pessoa rapidamente reequilibre o seu sistema imunológico e recupere sua saúde”, explica.

9. A maioria das pessoas com lúpus levam uma vida normal.

“Hoje, podemos afirmar que a maioria das pessoas com lúpus leva uma vida relativamente normal, ainda que essa normalidade seja flutuante e dependa de um acompanhamento regular com o reumatologista”, comenta o especialista Klumb.

10. Lúpus não é uma doença contagiosa e nem hereditária.

Embora muita gente tenha dúvidas sobre isso, é mito dizer que o lúpus é uma doença contagiosa. Ela é uma doença inflamatória, autoimune e crônica.
No que diz respeito à hereditariedade, este é outro mito. Especialistas acreditam na predisposição genética, mas não na hereditariedade – ou seja, não é porque a mãe de uma pessoa tem a doença, por exemplo, que ela também terá.
Outro mito é dizer que a paciente com lúpus nunca poderá ter filhos. Embora a gravidez não seja indicada enquanto a doença estiver em atividade, a mulher poderá, sim, engravidar, desde que com planejamento e autorização do médico.
Por fim, vale destacar que é consenso entre os especialistas da Sociedade Brasileira de Reumatologia(SBR) que cada vez mais surgem novos conhecimentos acerca dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Com isso, surgem também novos medicamentos, com mais eficácia e menos efeitos adversos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Mês de Janeiro é o mês do controle Câncer de Colo de Útero


Existem dois tipos principais de câncer do colo de útero, o carcinoma de células escamosas e o adenocarcinoma. Cerca de 80% a 90% dos cânceres cervicais são carcinomas de células escamosas. 

Durante as 3 últimas décadas os adenocarcinomas cervicais estão se tornando cada vez mais comuns. Esse tipo de câncer de colo do útero se desenvolve a partir das células glandulares produtoras de muco do endocervice. Com menos frequência estão os cânceres do colo do útero que têm características comuns aos carcinomas de células escamosas e aos adenocarcinomas, são os denominados carcinomas adenoescamosos ou carcinomas mistos.

As células normais do colo do útero podem gradualmente desenvolver mudanças pré-cancerosas que se transformam em câncer. Essas mudanças pré-cancerosas podem ser denominadas neoplasia intraepitelial cervical, lesão intraepitelial escamosa e displasia. Estas alterações podem ser detectadas por exames anuais de prevenção (Papanicolaou).

Embora quase todos os cânceres cervicais sejam ou carcinomas de células escamosas ou adenocarcinomas, outros tipos de câncer também pode se desenvolver no útero. Por exemplo,  melanoma, sarcoma, e linfoma, que ocorrem mais frequentemente em outras partes do corpo.

Causas do Câncer de Colo do Útero


Nos últimos anos, os pesquisadores identificaram vários fatores de risco que aumentam as chances de uma mulher ter câncer de colo do útero. 

O desenvolvimento de células humanas normais depende principalmente da informação contida nos cromossomos das células. Os cromossomos são longas sequencias de DNA que é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todas as células. Normalmente, as pessoas se parecem com seus pais, porque eles são a fonte de seu DNA. Entretanto, o DNA também pode influenciar o risco de desenvolver certas doenças, como alguns tipos de câncer.

Alguns genes contêm instruções para controlar o crescimento e divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células a morte no momento certo são chamadas de genes supressores de tumor. Os cânceres podem ser causados ​​por alterações do DNA que se transformam em oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.

O HPV faz com que se produzam as proteínas E6 e E7 que desligam alguns genes supressores de tumores. Isso pode permitir que as células de revestimento do colo do útero cresçam muito e apareçam alterações nos genes adicionais, que em alguns casos, levam ao desenvolvimento do câncer. 

Mas, o  HPV não explica completamente o que causa o câncer de colo do útero. A maioria das mulheres com HPV não têm câncer de colo do útero, e alguns outros fatores de risco, como tabagismo e infecção pelo HIV, tornam as mulheres expostas ao HPV mais propensas ao aparecimento do câncer de colo do útero.

Sinais e Sintomas do Câncer do Colo do Útero


Mulheres com lesões pré-cancerosas ou com câncer de colo do útero em estágio inicial geralmente não apresentam sintomas. Os sintomas muitas vezes não começam até que a doença se torne invasiva e acometa tecidos próximos. Quando isso acontece os sintomas mais comuns são:

  • Sangramento vaginal anormal.
  • Sangramento menstrual mais longo que o habitual
  • Secreção vaginal incomum, com um pouco de sangue.
  • Sangramento após a menopausa.
  • Sangramento após a relação sexual.
  • Dor durante a relação sexual.

Estes sinais e sintomas também podem ser causados por outras condições além do câncer de colo do útero, por exemplo, uma infecção que pode causar dor ou sangramento. Ainda assim, se algum destes sinais ou outros sintomas suspeitos surgirem você deve consultar um ginecologista imediatamente, para que a causa seja identificada e, se necessário, iniciado o tratamento.

Recomenda-se realizar exames de Papanicolaou e pélvicos regularmente a partir do início da atividade sexual.

Principais Dados Estatísticos sobre o Câncer de Colo do Útero


O câncer de colo do útero é um importante problema de saúde pública, segundo as últimas estimativas mundiais para o ano de 2012, o câncer de colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com 527 mil casos novos. Sua incidência é maior em países menos desenvolvidos quando comparada aos países mais desenvolvidos. Em geral, começa a partir de 30 anos, aumentando seu risco rapidamente até atingir o pico etário entre 50 e 60 anos. Esse câncer foi responsável pelo óbito de 265 mil mulheres em 2012, sendo que 87% desses óbitos ocorreram em países em desenvolvimento. 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima para 2014 e 2015, que  sejam diagnosticados 15.590
novos casos de câncer de colo do útero no Brasil. O câncer de colo do útero é o mais incidente na região Norte (23,57/ 100 mil). Nas regiões Centro-Oeste (22,19/ 100 mil) e Nordeste (18,79/ 100 mil), é o segundo mais frequente. Na região Sudeste (10,15/100 mil), o quarto e, na região Sul (15,87 /100 mil), o quinto mais frequente, sem considerar os tumores de pele não melanoma.

O tipo histológico mais comum do câncer de colo do útero é o carcinoma de células escamosas, representando cerca de 85% a 90% dos casos, seguido pelo tipo adenocarcinoma. O principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões intraepiteliais de alto grau (precursoras do câncer de colo do útero) e do câncer de colo do útero é a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV). Contudo, essa infecção, por si só, não representa uma causa suficiente para o surgimento do câncer de colo do útero, faz-se necessária sua persistência.

Perguntas para o Médico sobre o Câncer do Colo de Útero


O diagnóstico do câncer cria muitas dúvidas e inseguranças por isso é importante perguntar todas suas dúvidas o seu médico. 

Algumas sugestões de perguntas a serem feitas ao médico:

  • Com que frequência devo fazer um teste de Papanicolaou?
  • Qual é o meu diagnóstico? O que isso significa?
  • Qual o meu tipo de câncer de colo do útero?
  • Você pode me explicar o laudo do exame de patologia?
  • O câncer se espalhou para além do colo do útero?
  • Qual o estágio da doença? O que isso significa?
  • Quais são minhas opções de tratamento?
  • Qual o tratamento que você recomenda? Por quê?
  • Como é que este tratamento pode afetar a minha vida diária? Será que vou ser capaz de trabalhar, exercer e realizar minhas atividades habituais?
  • Devo parar de ter relações sexuais durante o tratamento?
  • Será que eu serei capaz de retomar a minha vida sexual após o tratamento?
  • Quais os riscos ou efeitos colaterais para o tratamento sugerido?
  • Poderei ter filhos após o tratamento?
  • Quais são minhas opções de tratamento se eu quiser ter filhos no futuro?
  • Quais são as chances da doença recidivar com os programas de tratamento que discutimos?
  • Devo seguir uma dieta especial?
  • Qual o meu prognóstico?
  • O que eu digo aos meus filhos, marido, pais e outros membros da família?
  • Quais exames de acompanhamento devem ser realizados? Qual a frequência desses exames?
  • Devo receber a vacina contra o HPV?

É muito importante perguntar e esclarecer todas suas dúvidas, a informação é um direito seu!