quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

PREVENÇÃO - CUIDE DOS SEUS OSSOS!!!


Além de proteger os órgãos internos do ser humano, os ossos são vitais para o movimento, o sustento e o funcionamento de todo o corpo. Os ossos e as partes moles (tecidos que ficam entre a pele e os órgãos internos, como músculos e gordura) representam cerca de 65% do peso corpóreo e, devido à sua importância, merecem atenção e cuidados.

Apesar de serem relativamente raros, tumores benignos e malignospodem acometer os ossos de forma primária, ou seja, quando seu desenvolvimento começa no próprio osso, ou secundária, quando é uma metástase de um tumor que se iniciou em outro órgão ou por transformação tumoral de outra lesão preexistente.

No geral, o câncer ósseo primário não está relacionado a um agente causador externo. Sabe-se que alguns tipos são mais frequentes em crianças e adolescentes (por exemplo, o osteossarcoma e o tumor de Ewing), alguns são mais frequentes em adultos jovens (como o tumor de células gigantes) e outros em adultos e idosos (como o condrossarcoma, o mieloma múltiplo e as metástases).

A dor persistente e/ou o aumento de volume (nódulo, caroço, inchaço) são os sinais e sintomas mais comuns nos tumores ósseos e indicam que o paciente deve procurar um médico para avaliação. Muitas pessoas consultam um especialista devido a um trauma, causado por uma pancada, por exemplo. Entretanto, não há comprovação de que um trauma está relacionado com o desenvolvimento de um tumor. "Geralmente o que acontece é que esse trauma leva a pessoa a prestar atenção ao local e acaba descobrindo um tumor", comenta Dra. Suely Akiko Nakagawa, Chefe do Núcleo de Ortopedia do A.C.Camargo Cancer Center.

O primeiro exame realizado para diagnosticar um tumor ósseo é o raio-x, caracterizado geralmente pela presença de uma mancha. A especialista explica que apesar de ser um exame simples, muitas informações podem ser obtidas por meio da imagem. "A presença de uma mancha no osso, identificada em um exame de imagem, nem sempre é sinônimo de câncer. Muitas vezes é apenas uma alteração na formação do osso", esclarece. Baseando-se no histórico de cada paciente, no exame clínico e nas características e aspectos da mancha óssea existente nesses exames, o médico pode inferir a sua agressividade e avaliar a necessidade de outros exames complementares, como a ressonância magnética, tomografia computadorizada, cintilografia óssea ou biópsia.

Uma vez diagnosticado o tumor, a conduta terapêutica a ser adotada dependerá também do resultado da avaliação feita anteriormente, podendo envolver quimioterapia, radioterapia, cirurgia ou a combinação dessas modalidades. Quando a cirurgia for indicada, a reconstrução do osso pode ser realizada com enxertos (retirados do paciente, sintéticos, ossos congelados/transplantados), cimentos ósseos, placas/parafusos/hastes ou endopróteses.

"Os objetivos que procuramos alcançar com o tratamento são a cura, a prevenção ou o tratamento de uma fratura, a melhora da dor, a recuperação da mobilidade, o retorno às atividades e a melhoria da qualidade de vida do paciente", completa Dra. Suely.

Por ter os fatores de riscos pouco determinados, é essencial consultar um especialista em caso de dúvidas. O diagnóstico precoce melhora o prognóstico e aumenta as chances de sucesso no tratamento.

Nessas férias cuide também da saúde dos seus ossos! Conheça os tipos de tumores ósseos malignos e benignos, suas características, diagnósticos e tratamentos para cada um deles.

Dra. Suely Akiko Nakagawa - CRM 82918

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