NOS ESTADOS UNIDOS.
Pesquisa diz que novos medicamentos estão ajudando a diminuir a taxa de
mortalidade por câncer nos Estados Unidos.
9 jan 2020, 15h18 - Publicado em 9 jan 2020, 12h57
São Paulo – A taxa de mortalidade por câncer nos Estados Unidos apresentou a maior redução já registrada, segundo um novo estudo realizado pela Sociedade Americana contra o Câncer. De 2016 para 2017, a mortalidade diminuiu 2,2% – o maior declínio registrado. Considerando o período da última década, a redução foi de 1,5% nas mortes causadas pelos diferentes tipos da doença caracterizada pelo crescimento anormal de células no corpo humano.
Nos últimos 26 anos, a taxa de mortes causadas pelo câncer vem diminuindo de forma gradual. O relatório, que tem como autora a diretora científica da organização, Rebecca Siegel, apresentou dados que demonstram que o período de 2013 até 2017 foi um dos mais positivos em relação ao progresso dos tratamentos. Para o câncer de pulmão, a taxa de mortalidade teve uma redução de 4,3% ao ano.
De acordo com Siegel, tratamentos como cirurgia assistida por vídeo, tratamentos de radiação mais precisos e novas tecnologias que tornam possível o escaneamento para melhor análise do estágio do tumor são alguns exemplos de métodos responsáveis pela diminuição do número de mortes anuais. No caso das mulheres, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão atingiu seu pico em 2002. De 2002 a 2017, a redução na mortalidade entre as pacientes mulheres foi de 26%. Já entre os homens, a redução foi de 51%, considerando o período entre 1990 (pico da taxa de mortalidade por câncer de pulmão) e 2017.
A organização alerta que, apesar das melhorias, o câncer de pulmão ainda mata mais pessoas do que os demais tipos do tumor. Em 2020, é estimado que 22% de todas as mortes causadas por câncer sejam causadas pelo pulmonar.
De forma geral, para os Estados Unidos, o relatório não é totalmente positivo. As taxas de mortalidade por câncer de próstata se estabilizaram recentemente, devido ao fato de que médicos passaram a utilizar um teste de antígeno prostático específico, que pode gerar um tratamento excessivo em homens. “Embora definitivamente estivesse causando danos, também estava contribuindo para o declínio da mortalidade”, diz Siegel no estudo.
Enquanto as taxas de mortalidade podem auxiliar a análise de progresso dos tratamentos dos tipos de câncer, as taxas de sobrevivência são influenciadas por avanços nas técnicas e nos tratamentos de tumores que ainda estão em estágio inicial.
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