Pressão alta em jovens pode alterar o cérebro e gerar problemas cognitivos.
Desde 1990, a quantidade de adultos convivendo com a hipertensão, no mundo, dobrou. Na época, eram 650 milhões de indivíduos, entre 30 e 79 anos, com o diagnóstico da doença. Agora, 1,28 bilhão, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Mas, além dos danos ao coração, a hipertensão não controlada também pode impactar o cérebro e a função cognitiva, de acordo com estudo divulgado pela Associação norte-americana do Coração.
Os dados preliminares da pesquisa, compartilhados durante a conferência internacional da Associação em fevereiro, destacam que adultos jovens (entre 20 e 40 anos) com pressão alta tiveram mudanças cerebrais por volta da meia-idade (idade média de 55 anos) que aumentaram o risco de declínio cognitivo na fase idosa. "Os resultados sugerem que os profissionais de saúde considerem tratamentos contra a pressão alta mais agressivos para os adultos jovens, a fim de prevenir alterações cerebrais mais tarde", argumentam os autores. A análise verificou mais de 30 anos de exames periódicos, incluindo ressonância magnética, de 142 adultos jovens.
Alessandro Greco
Da Agência Einstein
23/03/2022 09h00
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