Receber o diagnóstico de câncer é uma notícia muito impactante. O diagnóstico traz em si a ideia de finitude, de perder tudo o que temos de bom na vida, nosso amor pelas pessoas, e um grande vale se abre dentro do peito, o coração fica apertado, a cabeça rodando e os pensamentos confusos...
É comum observarmos reações iniciais de revolta, questionamentos do tipo: mas por que eu? O que fiz para merecer isso? Mas nenhuma delas receberá resposta.
Mas é preciso compreender que, mais do que o medo do amanhã, é preciso que você cuide do que existe HOJE. E hoje existe uma pessoa que precisa de atenção, apoio e muitas vezes compartilhar sua dor, seus anseios.
O mais importante a fazer nesse momento é exatamente buscar o apoio das pessoas em quem você confia e que te amam. E sem dúvida alguma será necessário ser forte o bastante para assumir seus medos, suas angústias, seus sonhos, suas frustrações e ACEITAR receber o amor do outro. Pois dizer que tem câncer, significa se deparar com todos esses medos, e será muito importante poder compartilhar tudo isso com quem você ama.
O diagnóstico de câncer obviamente não é igual a uma dor de dente que você chega em casa e diz para seu par: fui ao dentista e terei que fazer um canal, marquei para amanhã e logo depois tudo estará resolvido. A doença implica em um processo longo que vai da hipótese diagnóstica até a confirmação do mesmo, passando pelos tratamentos possíveis, e as vezes mais de uma modalidade, pois nem todos respondemos da mesma maneira aos tratamentos, até chegar aos exames pós tratamento. Tudo isso envolvendo grande ansiedade em todos os envolvidos. Nada mais justo que as pessoas saibam o que esperar de tudo isso, então não hesite em envolver as pessoas e pedir auxílio para que vocês conheçam o máximo sobre tudo o que virá pela frente.
Porém não há ninguém melhor para nos dar esse apoio do que nossa família e nossos amigos. Então o primeiro passo é: sim, você deve contar a estas pessoas pelo que está passando. E contar significa dizer que foi ao médico, o que o médico suspeita ou como ele descobriu, e sobre os tratamentos que já estão previstos.
O segundo passo é compreender que as pessoas reagirão de formas as mais variadas possíveis: alguns vão de desesperar, outros vão te dar a maior força, outros se farão de fortes, outros serão fortes, outros não saberão simplesmente como agir... e você, a pessoa mais interessada em tudo isso é quem irá dar o “rumo da conversa”. Você é quem deve mostrar às pessoas como quer ser tratado (a), que tipo de auxilio ou apoio você irá precisar, como poderão estar a seu lado e ser uteis. Algumas sentirão pena, ficarão com aquele olhar parado como quem diz: meu Deus como faremos no Natal sem você? E outros tentarão achar uma forma descontraída e otimista de ver as coisas.
Mas uma coisa é inevitável: as pessoas que você ama sofrerão com a notícia, mas não será diferente do que você está passando. Será preciso compreender neste momento que o sofrimento faz parte da vida. O que irá diferenciar as nossas vidas é a forma com que lidamos com o sofrimento. E se você, sua família e seus amigos conseguirem compartilhar tudo isso, será menos complicado para todos.
A notícia para os filhos também é importante, pois eles perceberão as mudanças e será muito pior esconder. As crianças aprendem conosco sobre como lidar com situações difíceis. Portanto vale lembrar que tudo dependerá de como você passará as informações. Para os filhos é adequado passar tranquilidade em relação ao diagnóstico e esclarecer as dúvidas tanto sobre a doença quanto em relação ao futuro, sobre o tratamento, o mau humor, as dores inevitáveis, os dias necessários de descanso, e tudo o que virá. É muito natural que as crianças e adolescentes sintam muito medo de perder seu ente querido, então uma visão otimista sobre o tratamento será muito bem-vinda para não criar outros problemas além dos já existentes.
Não há uma formula mágica para se dar uma má noticia (e qq doença é uma má noticia). Simplesmente porque independente da forma, a notícia será a mesma. O que existe é a maneira que iremos olhar para a vida depois da notícia que recebemos.
Há na medicina atual grandes avanços em relação ao câncer e a melhor maneira de encarar um diagnóstico é buscar conhecer o máximo sobre sua doença, é poder falar sobre ela e sobre o tratamento em casa sem preconceitos (como o preconceito de que quem tem câncer já morreu), pois será por meio da proximidade da família, dos amigos e de toda a equipe médica que o paciente, nos momentos mais complicados, poderá ter nessa rede de apoio um combustível para resgatar suas forças e energias para seguir em frente.
O caminho pode ser árduo, mas ninguém disse que você não poderá chegar lá. E o mais importante é você saber que não precisa chegar sozinho (a). Conte com as pessoas a seu lado, com a satisfação de saber-se amado (a), querido (a), e permita que as pessoas estejam com você. Se sentir dificuldades em caminhar só, busque apoio psicológico. A terapia serve para que possamos descobrir diferentes formas de lidar com as mesmas situações. Serve para conseguimos ver caminhos anteriormente encobertos.
Mas principalmente neste momento de dificuldade, não se isole. Busque apoio e divida as angústias, elas certamente se tornarão mais leves para você.
Erika Scandalo - Espaço Saúde
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