sexta-feira, 13 de agosto de 2021

 



A importância da doação de sangue durante a pandemia

Quem doa sangue doa uma nova oportunidade de vida

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são realizadas 92 milhões de doações de sangue por ano em todo o mundo. Uma única doação pode salvar até 4 vidas. No Brasil, segundo a OMS cerca de 1,9% dos brasileiros doam sangue regularmente. Este número está dentro dos parâmetros definidos pela OMS, contudo é preciso melhorar.

 Em tempos de pandemia os bancos de sangue estão sendo monitorados e já apresentam uma diminuição nos estoques de bolsas. O Ministério da Saúde orienta que as doações não devem parar. Segundo a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), os postos de coleta de sangue já tiveram uma queda de 30%.

 As coletas são realizadas em ambiente hospitalar, portanto essa diminuição pode ser explicada pelo medo do doador se expor ao risco e acabar se contaminando com o COVID-19. É essencial que as pessoas saudáveis doem sangue, a necessidade é diária e o sangue não se compra, não se vende e é fundamental para atender tanto os pacientes de doenças hematológicas assistidos nas unidades da própria instituição, quanto os que estão nos hospitais à espera de transfusão.

 Pensando na segurança de todos, novas regras foram implantadas para evitar aglomerações. Desde o dia 13 de abril quem quiser fazer a doação deve agendar um horário no site da Fundação Pró-Sangue. Os cuidados com a higienização foram intensificados pelos hemocentros, lavagem de mãos, uso de antissépticos e higienização de instrumentos e superfícies.

 

Quais os cuidados para a doação

 Além das medidas de higienização que já estão sendo adotadas, indivíduos que apresentaram sintomas respiratórios e febre nos últimos 30 dias não podem realizar qualquer tipo de doação.

Doadores que estiveram em contato com algum paciente com covid positivo ou apresentou sintomas, não poderá fazer a doação de sangue por um período mínimo de 14 dias.

Durante a doação, o doador e o profissional da saúde devem manter a distância necessária para diminuir os riscos e uma possível contaminação no local.

Para doar sangue na pandemia

  • Estar saudável sem sintomas de gripes, resfriados ou com tosse nos últimos 30 dias
  • Pesar mais de 50kg
  • Ter entre 16 e 59 anos – Idosos devem aguardar o fim do isolamento social
  • Não ter tido hepatite após os 11 anos

Demais critérios para a doação

  • Estar alimentado (não ingerir alimentos gordurosos antes da doação)
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
  • Apresentar documento de identificação com foto emitida por órgão oficial (carteira de identidade, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho, passaporte, registro nacional de estrangeiro, certificado de reservista e carteira profissional emitida por classe).

Impedimentos temporários

  • Estar grávida.
  • Pós-parto: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana.
  • Impedimento de 12 meses no período que a mulher estiver amamentando.
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
  • Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.
  • Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.
  • Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc): aguardar 6 meses.
  • Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.
  • Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.
  • Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.
  • Vacina contra gripe: por 48 horas.
  • Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões.
  • Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster).
  • Brasil: estados como Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são locais onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 12 meses para doar, após o retorno.
  • EUA: quem esteve nesse país deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno.
  • Europa: quem morou na Europa após 1980, verificar aptidão para doação no (11) 4573-7800.
  • Malária: quem esteve em países com alta prevalência de malária deve aguardar 12 meses após o retorno para doar. (critério semelhante ao dos estados brasileiros com prevalência elevada de malária).
  • Febre Amarela: quem esteve em região onde há surto da doença deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno; se tomou a vacina, deve aguardar 04 semanas; se contraiu a doença, deve aguardar 6 meses após recuperação completa (clínica e laboratorial).

Critérios definitivos de impedimento

  • Ter passado por um quadro de hepatite após 11 anos;
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e Doença de Chagas;
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis.

Intervalo entre as doações

  • Homens: 2 meses (máximo de 4 doações no período de 1 ano).
  • Mulheres: 3 meses (máxima de 3 doações no período de 1 ano).

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